Como fazer cartão de visita: aprenda aqui!

Todos sabemos da importância de se construir e manter um bom networking. No mundo dos negócios, os contatos são essenciais para garantir a divulgação do seu trabalho e a conquista de novas parcerias e clientes.

Nesse contexto, um bom cartão de visitas é uma peça indispensável. Pode ser entregue em reuniões importantes, eventos empresariais, feiras e até mesmo em situações informais em que se é percebida a potencialidade de um novo negócio ou parceria. Por isso, nem é preciso dizer que o cartão de visitas deve trazer todas as informações para que o outro consiga contatá-lo: nome completo, telefone, email, cargo e endereço.

Mas, além da praticidade, o cartão de visitas deve ser uma ferramenta importante de comunicação e marketing. Muitas vezes, este é o primeiro contato de um cliente, freguês em potencial ou de parceiros estratégicos com a sua empresa e, por isso, o cartão de visitas deve ser capaz de transmitir uma mensagem que  traduza todo o profissionalismo, seriedade e competência do profissional por trás dele.

Em um mercado cada vez mais competitivo e com serviços e produtos extremamente semelhantes, é super importante conseguir se destacar e conquistar a atenção do seu público, garantindo que sua marca seja lembrada no momento de compra ou contratação. Assim, o cartão de visitas é essencial na construção de uma imagem desejável e exclusiva.

É claro que não existem regras pré-definidas sobre como fazer cartão de visita, que deve estar intimamente ligado com a identidade visual da empresa ou do profissional autônomo, mas algumas dicas podem fazer toda a diferença no resultado final. Preparamos um texto completo com todas as informações que devem ser levadas em conta no momento de criação do seu cartão.

Siga as nossas dicas e se prepare para ter um cartão de visitas que vai fazer toda a diferença no sucesso dos seus negócios.

A importância de um profissional

O cartão de visitas faz parte de um conjunto de elementos e peças que compõem a identidade visual de uma empresa. Essa identidade é formada pelo logotipo, pelas cores institucionais, pelos elementos gráficos, como estampas e ilustrações, pelo tipo de fonte e por outros fatores que dão origem a um conjunto que deve ser coeso e harmônico.

Isso significa, antes de tudo, que o cartão de visitas não é uma peça isolada e não deve ser tratado como tal. Mesmo que você não tenha planos para produzir outras peças de comunicação no momento, algumas decisões acontecem antes da criação do cartão, como o desenho de uma marca.

Por tudo isso, a participação de um profissional bem preparado e capacitado no processo é indispensável. Um bom designer é capaz de entender quais são as suas demandas e traduzi-las nos elementos da sua identidade. São consideradas as características do público, a atuação da empresa, o trabalho dos concorrentes e, claro, as expectativas do cliente no momento da criação.

Um trabalho feito de forma sistêmica, pensando no conjunto da identidade visual, garante que as peças trabalhem em harmonia para fortalecer a imagem da marca e comuniquem sempre os mesmos valores.

Um designer garante, então, que todas as escolhas sejam justificadas e que o resultado final seja agradável e eficiente, transmitindo a mensagem desejada pelo dono do cartão em um universo de profissionalismo e qualidade.

Escolhendo o papel para cartão de visita

O mercado gráfico oferece uma infinidade de opções de papel para cartão de visita. Antes de tomar a decisão é recomendável que você avalie as amostras para escolher aquele que tem mais a ver com a proposta do seu negócio e, também, que vá funcionar melhor com o layout criado.

Um ponto muito importante a ser observado é a gramatura do papel. Provavelmente, você já foi perguntado se deseja imprimir em um papel 200 ou 300g — na verdade, o correto seria dizer 200g/m2, o que significa que um metro quadrado daquele papel pesa 200g. Ou seja, quanto maior for esse indicador, mais grosso o papel vai ser. Aqui, o melhor caminho é o equilíbrio: um papel muito fino pode passar uma mensagem indesejável do seu trabalho, uma vez que não traz impacto algum. Uma opção mais rígida acaba transmitindo uma mensagem de solidez que, claro, é super interessante. Entretanto, sem exageros: um cartão muito grosso acaba se tornando um transtorno para quem vai receber, já que ocupa espaço demais na carteira e pode acabar indo pro lixo. Fique entre 250 e 300g que você vai acertar!

Outra questão que deve ser considerada é o tipo de papel selecionado. Eles podem ser divididos em dois grandes grupos, que são os papéis com e sem revestimento. No mercado gráfico, usamos os termoscoated e uncoated respectivamente.

Coated

Os papéis revestidos (coated) normalmente mais utilizados são aqueles que trazem um leve brilho em sua superfície. Nesse grupo temos o couché, que é disparado o papel mais comum para produção de cartão de visitas, e outras opções, como o Supremo Duo Design. Esses papéis têm a característica de não absorver demasiado a tinta, o que faz com que a impressão fique super precisa e detalhada. Por outro lado, essa camada de brilho faz com que as manchas de dedo e outros sujos apareçam com mais facilidade.

Uncoated

Os papéis sem revestimento (uncoated) vão desde o papel AP (que é o que usamos na nossa impressora no dia a dia) até uma série de papéis super trabalhados, com texturas, como o vergê, e vários da linha Markatto. São opções para quem quer ousar um pouco mais, sair do senso comum e passar uma mensagem diferenciada. Por não terem revestimento, acabam absorvendo bastante tinta, o que pede que os textos apareçam sempre um pouco maiores, para garantir que não manchem.

A definição do papel é sempre muito pessoal. É importante ter em mente que as possibilidades são infinitas e há espaço para experimentação. Antes de definir, veja amostras variadas e converse com um designer que vai poder te auxiliar nessa escolha com bastante propriedade.

Cores

A escolha de cores é super importante no momento da criação do seu cartão de visitas. É claro que o layout deve seguir as cores que estão sendo utilizadas no logo da sua empresa: precisamos lembrar que as peças devem ter harmonia e formar um conjunto coerente e sólido.

Mas, e se a sua logo é formada por quatro ou cinco cores diferentes? Dá para colocar tudo isso no cartão? A recomendação inicial é que não — numa peça tão pequena, vale a máxima “menos é mais”.  Pense que o cartão de visitas é um espaço super reduzido e que tem a função principal de oferecer ao seu interlocutor as suas informações básicas de contato. Ou seja, é uma peça que deve ir direto ao ponto e prezar pela legibilidade e clareza.

É difícil generalizar, mas para seguir um caminho seguro, tente usar duas, no máximo três cores em seu cartão de visita, colocando os textos em tons mais neutros (que são sempre elegantes e de ótima legibilidade) e usando cores complementares para outros elementos visuais, como o logo ou algum grafismo ou ilustração.

E se você for um profissional autônomo e não possuir um logo, as orientações são as mesmas. Encontre um conjunto de cores que funcione em harmonia e que tenha um significado que se relacione com a sua área de atuação. Não misture demais, não exagere, mas também tome cuidado para que o seu cartão não fique muito apagado ou triste — ele deve se destacar em meio a tantos outros e chamar a atenção do público.

Uma boa dica é pesquisar o significado das cores para decidir qual caminho seguir. O amarelo sempre traz a sensação de alegria, enquanto o vermelho tem a ver com força e impulsividade. Se procura algo que remeta à tranquilidade, o azul é uma ótima escolha. As cores devem atuar como boas aliadas na hora de transmitir uma mensagem.

Fontes

Fontes são os tipos de letra que podem ser utilizados em um texto. Existem milhares de opções disponíveis e cada uma traz características bem específicas. Para simplificar, podemos pensar nas fontes serifadas (que são aquelas que têm as serifas, pequenos tracinhos em cada extremidade) e as fontes sem serifa, mais limpas e lisas.

As primeiras sempre transmitem uma mensagem mais clássica e conservadora, pois a impressão visual causada pelas fontes com serifa segue por esse caminho. Já as fontes sem serifa normalmente têm uma abordagem mais contemporânea, ligadas à modernidade e ousadia.

A escolha das fontes trabalhadas no cartão deve se orientar pela área de atuação, pelo estilo do profissional e, principalmente, pela legibilidade. Não adianta nada escolher uma fonte super rebuscada, que tem tudo a ver com o seu negócio (um antiquário, por exemplo), e usá-la em um formato tão pequeno que vai ficar parecendo uma mancha — e ninguém conseguirá entender os seus dados.

Outra informação importante é que a mistura de muitos tipos de fontes pode ser desastrosa em seu cartão de visitas. Escolha uma opção (no máximo duas) e trabalhe a hierarquia das informações a partir das variações de tamanho. Misturar estilos de fontes muito diferentes numa mesma peça, sobretudo uma tão reduzida quanto o cartão de visitas, pode gerar um resultado confuso e poluído.

Atenção à diagramação

Pense que o seu cartão de visitas é um espaço super restrito que deve ser suficiente para transmitir uma mensagem completa. Por isso, a utilização do espaço é muito importante. Não adianta usar cada canto do cartão com um tipo de informação, gerando um resultado super poluído e confuso — isso só vai dificultar que as pessoas encontrem as informações necessárias.

Preze pela leveza e pela organização. Lembre-se que é possível usar frente e verso e com isso fica muito mais fácil distribuir as informações. Atenção ao tamanho dos textos, para que não fiquem pequenos a ponto de não poderem ser lidos, mas também que não sejam grandes demais acabando com a elegância da peça.

Mais uma vez, o equilíbrio é o caminho. Um cartão bem diagramado, organizado e clean é uma peça que, definitivamente, trabalha em seu favor.

Não fique no padrão, personalize!

Lembre-se que o seu cartão de visitas é, muitas vezes, a primeira oportunidade de impressionar e de conquistar um cliente. Por isso, se você entregar um cartão que siga as mesmas características dos outros 20 cartões que um cliente já recebeu no mesmo evento, quais as chances de chamar a atenção? Praticamente nulas, não é mesmo?

É sempre interessante que o seu cartão conte um pouco sobre você e a sua empresa e existem muitos recursos para garantir que a mensagem correta seja transmitida. Já falamos sobre a importância do papel, das cores e das fontes, mas outra questão essencial é a diferenciação. A maioria esmagadora dos cartões é produzida em papel couché fosco, no formato 9×5 cm, com o logo de um lado e as informações de contato do outro. Claro que é uma receita que vem funcionando bem e, por isso mesmo, é utilizada por tanta gente.

Mas pense na surpresa de um cliente ao receber um cartão completamente diferente e ousado. Existem no mercado diversas possibilidades, basta usar a imaginação. Você pode utilizar um plástico PVC, uma tinta especial, um formato diferente.

Veja esse exemplo: uma empresa de produtos sustentáveis imprimiu o seu cartão de visitas em um papel com pequenas sementes espalhadas. Depois de anotar os dados de contato, o cliente poderia plantar o cartão e regar regularmente. Em breve, uma planta linda nasceria dali. É ou não é genial, exclusivo e ousado? Lembre-se que o mercado precisa de empresários com coragem para experimentar e surpreender.

Tamanho adequado

O tamanho do seu cartão de visitas também é uma questão que deve ser observada. Não é a toa que existe um padrão, o famoso 9×5 cm. Essa é a medida que faz com que qualquer cartão caiba perfeitamente na carteira, no bolso e nos porta-cartões produzidos no mundo inteiro.

Seguir o padrão é sempre a opção mais segura, mas também é possível arriscar e obter sucesso. Se quer pensar num formato diferente, evite os grandes demais: se o seu cartão não couber em nenhum porta-cartões, vai acabar no lixo. É mais interessante, por exemplo, explorar uma faca especial (vamos falar disso mais tarde), que permite um corte inusitado ao seu cartão, mas ele ainda continua dentro das medidas ideais.

Outro ponto importante é que o seu cartão nunca seja pequeno demais. Pense que ele vai ser colocado junto de muitos outros, às vezes até de concorrentes diretos, e você não vai querer que ele desapareça, não é?

Para marcar presença com um cartão de visitas é importante observar todos esses detalhes e pensar com cuidado nas melhores opções. Você vai ver que o resultado final faz tudo isso valer muito a pena.

Impressão

A impressão de cartão de visita é um dos pontos mais importantes do processo. A dica de ouro: imprimir o cartão de visitas em casa, jamais! A qualidade de impressão é um dos pontos mais importantes para garantir que o seu cartão passe todo o profissionalismo e competência da sua empresa. Mesmo com um layout lindo, informações bem organizadas e cores escolhidas com sabedoria, a impressão ruim pode empurrar o seu esforço por água abaixo.

Sempre recorra à uma boa gráfica, que tenha qualidade e competência para executar a impressão da forma que ela foi idealizada. Um bom produtor gráfico poderá te indicar qual o processo de impressão adequado ao seu layout (se é a impressão em CMYK ou em tinta Pantone, por exemplo), avaliar se o projeto criado na tela vai ficar semelhante quando impresso e acompanhar cada etapa para garantir a fidelidade das cores e a qualidade do resultado final.

Nossa recomendação é que, com as especificações de produção em mãos (formato, quantidade, acabamentos, tipo de papel, etc.), você peça orçamento em três ou quatro gráficas diferentes antes de decidir aquela que vai te atender. Tenha em mente que não é só o custo que importa: a qualidade do atendimento, o tipo de máquina disponível, o prazo, isso tudo é muito importante. Converse bastante com os responsáveis pelas gráficas antes de tomar a decisão e não se esqueça de pedir amostras do que eles já produziram.

Acabamentos

Essa é uma das partes mais importantes no processo de criação de um cartão de visitas. A escolha dos acabamentos certos pode fazer toda a diferença no resultado final, gerando um cartão que seja impactante, exclusivo e muito eficiente.

Os acabamentos mais tradicionais são a laminação, o verniz localizado e a faca especial, mas existem muitas outras opções para quem quer apresentar uma peça inovadora e única.

A laminação é uma espécie de plastificação que protege o cartão ao criar uma camada fina que evita que ele suje ou rasgue com facilidade. Ela pode ser brilhante ou fosca — os dois processos são amplamente utilizados e depende bastante dos seus objetivos.

O verniz localizado é uma prática que foi utilizada à exaustão na década de 90 e, por isso, hoje em dia não é vista com bons olhos pelo mercado. É como se fosse uma laminação, mas em vez de cobrir todo o cartão, o brilho fica só em uma parte determinada, como o logo ou o nome da pessoa.

Por fim, a faca especial é um corte diferente do padrão (o retângulo de 9×5 cm). Pode ser um cartão com as bordas arredondadas, com um corte em diagonal, ou o que você idealizar. O nome “faca especial” vem justamente do processo de se criar uma faca exclusiva que vai realizar o corte na forma em que se deseja. Ao utilizar esse acabamento é essencial se certificar de contratar uma boa gráfica, que vai garantir que o corte seja preciso e bem feito.

Além desses, outros acabamentos como tintas metalizadas ou néon, o hot stamping (que é uma impressão metálica), o relevo ou o silk podem te ajudar a conquistar um efeito mais exclusivo. Converse com o designer responsável pela criação da arte para que vocês possam encontrar juntos as soluções mais adequadas.

Distribuição

Pronto! Você já tem o cartão de visitas dos seus sonhos. Agora, é hora de começar a entregá-lo para clientes e parceiros — e, aqui, a atenção também é super importante. Nem pense em rabiscar um novo número de telefone por cima das informações impressas: isso demonstra desleixo, falta de planejamento e cuidado. Se, por acaso, as suas informações de contato mudarem, prepare logo uma nova leva de cartões.

Lembre-se também que cartão de visita não é panfleto: não é pra sair entregando para todo mundo, sem critério. É importante que se crie a situação ideal para a entrega de um cartão de visitas. Converse brevemente com a pessoa, explique o seu ramo de atuação e, depois disso, entregue um cartão para que ela saiba como te contatar se necessário.

Ao participar de feiras e eventos nunca se esqueça de andar com muitas unidades na bolsa ou em sua pasta. Não há nada mais desagradável do que perceber que os seus cartões acabaram. Ainda mais depois de tanto investimento na criação, não é mesmo?

Conclusão

Agora você já tem todos os elementos necessários para garantir que o seu cartão de visitas seja uma tradução fiel dos seus valores e qualidades e que, sobretudo, desperte o interesse de potenciais clientes e parceiros.

Não se esqueça que cada setor do mercado e até mesmo cada profissional tem as suas especificidades e características únicas e, muitas vezes, o que é a melhor escolha para um, pode não funcionar tão bem para o outro. Isso ocorre porque os públicos têm demandas diferentes e o mais importante em sua comunicação é se conectar com aquelas pessoas que consomem o seu produto ou serviço ou que poderão atuar como um bom parceiro estratégico.

Então, por exemplo, se o seu público principal é composto por jovens super descolados, não adianta nada fazer um cartão em um papel super sofisticado, usando um tipo de fonte bem clássico — essas escolhas vão ficar super bem para um escritório de advocacia, mas não vão significar nada para o seu consumidor.

Isso significa, então, que o mais importante nesse momento é entender qual a função do cartão de visitas e quais objetivos ele deve cumprir ao ser entregue para alguém. Além do essencial, que é fornecer suas informações de contato, ele deve apresentar uma imagem sólida e coerente do seu trabalho e da sua empresa.

Não se esqueça de compartilhar as suas impressões sobre o tema. Como é o cartão de visitas perfeito para você? É só postar nos comentários!