Designers são designers por um motivo muito óbvio, conseguem ver o mundo de forma muito mais colorida e sustentável para o homem que é executivo de finanças, por exemplo. Por isso, são os responsáveis por intermediar as ações dos indivíduos comuns com as ideias e os produtos dos negócios.
Pouco tempo atrás, essa experiência com o consumidor não era notada, o importante eram as vendas. Quando essas relações entre venda e experiência se estreitam, o designer está ativamente nesse processo. Dessa forma, separamos algumas TEDtalks com designers de todo o mundo e cases de sucesso, retratando como você pode ver a ideia, lá na frente, quando ele estiver cara a cara com o consumidor:
1 – Brinque com a sua criatividade:
A atual referência mundial em “design thinking” é a IDEO, o CEO da empresa, Tim Browm, é um dos experts em desenvolvimento da criatividade. Por isso, as suas TEDtalks são as mais inspiradoras quando se trata do assunto. Tim mostra como o adulto perde toda sua capacidade lúdica quando cresce, geralmente por vergonha de ser diferente e comparado às crianças, quando na verdade isso pode ser a melhor coisa que acontecerá com você.
A inspiração nasce de coisas que deixamos pra trás muitas vezes, como brincadeiras, ficção, a rechaçada cultura inútil, entre outros exemplos que de qualquer forma viram conhecimento. E o designer que souber aproveitar esse conteúdo produzido pela própria comunidade em que vive para saber seus interesses e desejos, poderá fazer produtos mais eficazes para atender a essa demanda.
2 – Pense além do objeto:
Novamente Tim Brown chama atenção para a visão de longo alcance que espera-se dos designers. A qualidade do produto no “design thinking” é determinada, principalmente, pelo tipo de abordagem ao consumidor. É uma cadeia de reações e apropriações de uso, no final, o modo como esse uso servir para melhorar a qualidade de vida daquele consumidor, aí teremos o sucesso, caso contrário, será uma falha.
O Design costumava ser algo secundário, e participava apenas da finalização do produto ou da ideia. Hoje, ele deve fazer parte do início do processo, pensando juntamente com as outras áreas como o design influenciará o sucesso ou fracasso daquela iniciativa.
3 – Designers podem promover felicidade?
Listando os momentos que fizeram você ter experiências felizes, em quantos deles há presente algum elemento do design? Pelo menos em algum instante específico um objeto compôs a cena, às vezes o próprio lugar tinha um design arquitetônico diferente, ou você visualizou imagens e contemplação daquele símbolo lhe trouxe sentimentos felizes.
É essa a constatação do designer Stefan Sagmeister, austríaco e professor da Escola de Artes Visuais de Nova Iorque. As pessoas ficam mais felizes experimentando o design, e isso é a diferença entre os hábitos cotidianos que já estão desgastados na memória e a inovação, que é uma experiência para tirar o expectador da rotina.
Aquela suposta felicidade proposta em todas as propagandas já virou tão comum que também caiu em desgaste. Nessa época do exagero de publicidade feliz, só a experiência incomum do design inovador é capaz de causar efeitos e resultados positivos.
4 – O que o seu design diz sobre você:
Todas as pessoas comunicam algo através de uma linguagem pessoal. Pode ser por características visuais ou por atitudes que demonstram seus valores. O comportamento humano está sempre em mudança e a linguagem é igualmente mutável. Somos influenciados por tudo a nossa volta, inclusive o design que está no que consumimos e experimentamos.
A tecnologia só acrescentou mais agilidade nessas mudanças, Sebastian Deterding é designer e durante a sua TEDtalk “What yours designs say about you” aponta um fenômeno moderno chamado persuasão moral. Dessa forma, Sebastian questiona: “Quais são as intenções que você propõe quando desenha algo? Quais são os efeitos, intencionais ou não intencionais, que você está obtendo? Quais são os valores que você está usando para julgá-los? Quais são as virtudes, as aspirações que você realmente está expressando nisso? E como isso se aplica, não apenas à tecnologia persuasiva, mas a tudo que você projeta?”. E com isso você pode se descobrir.