Blogs, redes sociais e sites são canais que permitem ao empresário uma boa comunicação com seus clientes e público-alvo. Mas, além disso, as empresas vêm percebendo, através dessas ferramentas, oportunidades para testar novos produtos, assim como informação sobre tendências e demandas do mercado e dos clientes. Conheça alguns casos que tiveram sucesso com nesse segmento.
Encontrando um novo mercado
Tendo em vista divulgar os produtos de sua empresa, a fabricante de fertilizantes Biofert, para donas de casa, pequenos agricultores e pessoas que fazem da jardinagem um hobby, a mineira Erlana de Castro criou um blog.
Porém os comentários que recebia eram diferentes do que esperava. Ao invés de receber perguntas sobre modo de aplicação dos fertilizantes, as questões estavam voltadas a se os produtos faziam mal aos animais.
Assim a empreendedora descobriu um novo segmento para a venda de seus produtos, um nicho dentro do varejo, comum nos EUA, conhecido como pet garden, formado por lojas que reúnem produtos para animais de estimação e jardinagem.
Embora o trabalho ainda esteja no início, a empresa já tem bons resultados colhidos “Já recebi ligações de donos de pet shop dizendo que querem dar mais espaço à nossa linha de produtos em suas lojas”, afirma.
Pesquisa com o público
A fabricante de bebidas Germana sempre foi fiel a tradição de família na produção de sua cachaça artesanal, que sobreviveu a mais de um século, no interior de Minas Gerais. Ao assumir os negócios a jovem Grazielle Caetano, de 26 anos percebeu que a tradição já não ajudava mais nos resultados e decidiu mudar, rejuvenescendo e reposicionando a marca.
Sendo assim utilizou as redes sociais para buscar a opinião dos consumidores mais jovens. O primeiro passo foi montar uma comunidade para a cachaça no Orkut, na época a principal rede social no Brasil. A pesquisa a fez descobrir quais eram as marcas de cachaça preferidas pelo público jovem.
Baseando-se nas características dos concorrentes, a empresa começou percebeu a bebida teria de ser envelhecida em barris de cerejeira, madeira que imprime à aguardente um sabor mais suave que os tonéis de carvalho que a empresa usava na época.
De olho na necessidade do consumidor
O administrador Flávio Beretta, de 32 anos, dono da loja virtual Só Futebol, especializada na venda de camisas de times, percebeu através do sistema de buscas, que diversos usuários entravam no site e digitaram palavras como: “camisa Coréia do norte” e “seleção Coréia do norte”.
A explicação era simples, o time seria o primeiro adversário do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul. Percebendo a oportunidade de aumentar as vendas Flávio entrou em contato com a embaixada norte-coreana em Brasília, encontrou o fornecedor dos uniformes e encomendou um lote de camisas, que foram vendidas em poucos dias. “Vi uma boa oportunidade para aumentar as receitas e aproveitei”, diz Beretta.