Quem disse que lucro e contribuição com a sociedade não podem andar juntos?
O Empreendedorismo Social é uma nova tendência que está gerando desenvolvimento tanto para quem cria o negócio como para a qualidade de vida da população. As empresas sociais não são ONGs, mas não também não são organizações “normais”. Ficou complicado de entender? Espere aí que vamos explicar melhor.
O Empreendedorismo Social foca em negócios lucrativos que resolvam problemas sociais através da venda de produtos e serviços. Além disso, esses empreendimentos têm a responsabilidade com a sociedade em sua essência. São capazes de gerar empregos, combater a pobreza e até facilitar a inclusão social.
A partir de agora, vamos apresentar como essa forma de empreendedorismo funciona, quais são os seus benefícios e alguns exemplos práticos que você vai adorar. Acompanhe!
Geração de valor como prioridade
Para ser um empreendedor social, você deve gerar valor para a sociedade em primeiro lugar. É dessa forma que você vai atrair seu público, parceiros e oportunidades. Não é por acaso que várias iniciativas desse tipo apostam em crenças e iniciativas como:
Igualdade social
Geração de renda e empregos
Inclusão
Sustentabilidade
Cultura
Educação
Dica: quer empreender? Você precisa conhecer o Guru PME.
Resolução de problemas
O ponto em comum entre as iniciativas de Empreendedorismo Social é que todas elas resolvem algum problema da sociedade. Pode ser um novo destino para o lixo, o melhor aproveitamento da energia, a capacitação de pessoas desempregadas, entre outros.
Na hora de desenvolver produtos e serviços, a maior parte dos empreendedores foca na “dor do cliente”. Já para os empreendedores sociais essa dor é uma questão social. É preciso virar a chave e passar a enxergar oportunidades onde outras pessoas só veem problemas. Nosso país é um exemplo de local fértil para essa modalidade de empreendedorismo.
Plano de negócios
Se passou pela sua cabeça que esse tipo de negócio é menos estruturado, você se enganou. Quem deseja empreender socialmente também vai precisar de um plano de negócios, plano de marketing, proposta de valor e estrutura de custos.
E, na verdade, você terá que ir além. O seu negócio será estruturado para contribuir com o mundo de alguma forma. Logo, o planejamento também passa pela definição de indicadores para medir o impacto social.
Cooperação
Ninguém muda o mundo sozinho, seja através de trabalho voluntário, pesquisa científica ou empreendedorismo. Se você realmente tem vontade de fazer a diferença no meio ambiente ou na vida das pessoas, prepare-se para trabalhar em conjunto.
Isso pode significar até mesmo atuar em parceria com seus beneficiários ou consumidores. Se um grupo de pessoas têm um problema, nada mais indicado do que ouvir sugestões e ideias dessas próprias pessoas, não é mesmo? Esse princípio é tão importante que deveria ser aplicado por todos os empreendedores, não apenas dentro do Empreendedorismo Social.
Imersão no problema
Este ponto tem muito a ver com a cooperação. Se o seu negócio vai resolver um problema de saneamento básico, digamos, você precisa entender a questão a fundo. É legal conversar com quem vive isso no dia a dia, passar um tempo in loco num bairro afetado, entender o histórico do problema e assim por diante.
Quanto mais imerso você estiver no problema, melhores serão as suas ideias de produtos e serviços. Isso se refletirá no impacto social e no faturamento da empresa.
Lucro e vendas como agentes de mudança
Já falamos sobre isso, mas é importante enfatizar: Empreendedorismo Social não é filantropia, apesar de causar impacto positivo na sociedade.
A diferença é que uma empresa social busca o lucro, ou no mínimo a ausência de prejuízo. Uma organização desse tipo compete normalmente no mercado e não depende de doações ou trabalho voluntário para se sustentar.
Em um negócio social, a própria venda do produto ou serviço é um agente de mudança capaz de transformar a sociedade. Ou seja, o produto não é algo complementar, e sim o foco da empresa.
Exemplos incríveis de Empreendedorismo Social no Brasil
A Hand Talk nasceu com o objetivo de levar informação para todos, inclusive quem não pode ouvir. Hoje, esta é a maior plataforma de tradução automática de Língua de Sinais no mundo. A marca se comunica através do Hugo, um intérprete virtual que está presente em diferentes versões: aplicativo para celular, botão de acessibilidade para sites e soluções corporativas sob medida para empresas.
A Mais 60 Saude é uma clínica especializada no tratamento e cuidado preventivo de idosos de baixa renda. As consultas estão disponíveis a partir de R$ 150. O objetivo é oferecer uma alternativa ao SUS para aquelas pessoas que não têm plano de saúde e, ao mesmo tempo, não podem pagar uma clínica particular (onde os preços variam entre R$ 250 e R$ 500).
O projeto da Egalitê também tem a ver com inclusão, mas desta vez aliando empregabilidade. A empresa atua na área de recursos humanos e identifica as melhores oportunidades de trabalho para pessoas com deficiência. Existem vagas em grandes empresas brasileiras nas mais diversas áreas, especializações e faixas salariais.
O Kiduka é uma plataforma de educação baseada em jogos infantis que atua em conjunto com os currículos das escolas. As situações criadas nas atividades estimulam a curiosidade dos alunos, melhorando a experiência de aprendizado, além de trabalhar cidadania e valores morais. O projeto também permite que os pais, escola e professores controlem e monitorem as interações, trazendo mais segurança para todos os envolvidos.
Conclusão
Se você optar pelo Empreendedorismo Social, saiba que terá a oportunidade de ajudar outras pessoas sem depender de ninguém, já que sua empresa será autossustentável. Além disso, você terá muito espaço para inovar, contando até mesmo com o apoio da sociedade em muitos níveis.
Mas não esqueça: antes de mergulhar nessa, aprofunde-se no problema que você deseja resolver e trace um plano de negócio consistente, buscando ter um baixo custo inicial. Assim, seu empreendimento social poderá ir muito mais longe!
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Esse post foi produzido pela equipe do Saia do Lugar.