Sabemos bem o quão confuso pode ser abrir uma empresa. E é muito comum ver novos empreendedores entrando em desespero ao conferir a quantidade de documentos e órgãos oficiais que devem ser acionados, imaginando o vai e vem que envolverá todo o processo.
Mas não se preocupe! A finalidade deste artigo é, justamente, facilitar a sua vida. Queremos clarear a mente daqueles que pretendem empreender, mas que ainda têm dúvidas. Então, vamos começar do zero?
Se você está se perguntando “como abrir minha própria empresa?”, siga conosco! No final deste texto, você vai perceber que o processo não chega a ser tão complicado assim.
O que é o empreendedorismo?
Você já parou para pensar que, se não fosse o empreendedorismo, muito do que conhecemos a respeito do mundo seria diferente? Isso porque empreender é dar vida a um negócio. É realizar uma atitude transformadora.
E isso não diz respeito, necessariamente, à criação de negócios modernos e sofisticados. Podemos até dizer, por exemplo, que inventar a roda foi um grande empreendimento, pois revolucionou a vida da humanidade.
Em outras palavras, se existem veículos capazes de percorrer inúmeras distâncias e, assim, facilitar a vida das pessoas, isso se deve a uma ideia simples que surgiu sem o auxílio de nenhum tipo de recurso tecnológico avançado.
Então, tire da sua cabeça essa ideia de que o empreendedor é aquele sujeito dotado de uma capacidade espetacular, fora do comum.
Referências como Steve Jobs, por exemplo, costumam ser apresentadas como pessoas que nasceram num ambiente completamente distante do seu e que possuíam talentos que, muitas vezes, você jamais poderá desenvolver.
Só que isso tem muito mais a ver com uma valorização biográfica dessas figuras do que com a realidade. Na verdade, a história desse tipo de personagem pode ser vista de maneira completamente diferente.
São pessoas normais que, simplesmente, tiveram uma percepção interessante e tomaram a atitude certa para inovar. Apresentando ao mundo experiências novas, conseguiram, dessa maneira, melhorar a vida das pessoas — quase reinventando a roda, digamos assim.
Então, por que não tentar, você também, empreender? Afinal, para começar só é preciso, basicamente, ter uma boa ideia.
Quais são as características de um empreendedor?
Agora, você pode se perguntar: mas o que fazer para dar vida a uma ideia? Bom, vamos pensar de maneira criteriosa: o que empreendedores de sucesso costumam ter em comum?
No geral, algumas características são encontradas em pessoas bem-sucedidas. Entre elas, estão:
a capacidade de perceber oportunidades disfarçadas;
a facilidade para tomar iniciativas;
a perseverança naquilo que se faz;
a atitude focada no sucesso do empreendimento;
a facilidade para lidar com metas;
o interesse em estudar muito;
a capacidade de planejamento e gestão;
o bom relacionamento com a equipe;
a autoconfiança.
De fato, é evidente que todas essas características, reunidas, não são facilmente encontradas numa única pessoa. Acredite: quando a Apple começou, Steve Jobs era péssimo de relacionamentos.
Inseguro e idealista, ele chegou a ser conhecido não pela genialidade, mas pela capacidade de humilhar os outros. Bom, nada que o tempo e a experiência não tenham sido capazes de mudar, não é?
Entretanto, com algumas dessas características — principalmente a capacidade de perceber oportunidades disfarçadas e a iniciativa — você já pode (e deve) considerar abrir seu próprio negócio. Como fazer isso?
Falando de maneira bem resumida, basta identificar uma ideia de negócio, algo para que você imagine ter espaço no mercado, mas que ninguém ainda conseguiu colocar em prática. Em seguida, procure conhecer esse mercado de maneira criteriosa, bem como seus possíveis clientes, concorrentes e parceiros.
Então, crie um plano de negócios que sustente o seu projeto, verifique a viabilidade do negócio a partir das reais possibilidades de lucro e, por fim, legalize sua empresa.
Caso sinta que reúne todas as condições para empreender, ou seja, as características necessárias para abrir o negócio — e atendendo a todas as necessidades de mercado que justificam a criação da empresa — está feito! Você já pode começar a atuar profissionalmente.
Agora, vamos cuidar da formalização do empreendimento. Mas lembre-se: não basta só abrir uma empresa. É preciso definir um plano de negócios, ações de marketing, desenvolver materiais de comunicação, logotipo, nome da marca, e tomar uma série de outras providências.
Como abrir minha própria empresa?
1. Reúna os documentos necessários para formalizar a empresa.
De fato, abrir uma empresa já foi muito mais difícil no Brasil. Hoje — principalmente com o recurso da internet —, muitas ações acabaram sendo aperfeiçoadas por serem realizadas em um ambiente online.
Independentemente de onde será realizada a ação, tudo começa quando você consegue reunir toda a documentação exigida para legalizar seu empreendimento. Nesse caso, os documentos necessários para a abertura do seu CNPJ são:
Três cópias do RG, CPF ou até mesmo da carteira de habilitação
Como você precisará fornecer os documentos para mais de um órgão oficial, é importante preservar os documentos originais. E, para tanto, as cópias precisam ser autenticadas, porque é isso o que vai comprovar sua validade.
E aqui vale uma dica: ainda que você possa optar, em alguns casos, entre CPF, RG e carteira de habilitação, tenha sempre as cópias do CPF em mãos. pois ele é a identidade nacional válida para a pessoa física.
Como para abrir sua empresa você precisará de uma identidade nacional para pessoa jurídica, que será o seu CNPJ, é bem provável que o órgão responsável peça o seu CPF para dar sequência à abertura de sua empresa.
Duas cópias do comprovante de residência
O comprovante de residência é importante para que você garanta às autoridades que será localizado em todas as hipóteses. Assim, desde que a fatura ateste o endereço em que você mora, ele pode ser a conta de luz, gás ou telefone.
E vale lembrar quem, se você tiver sócios, eles também precisam entregar esses mesmos documentos.
Contrato de locação ou escritura do escritório
Mesmo se a empresa estiver localizada dentro da sua própria residência, você é obrigado a apresentar o documento relativo a ela.
No caso do MEI, é possível usar o endereço de sua casa como sede para o exercício da atividade empresarial — desde que você não exerça nenhuma atividade que exija local específico.
2. Abra a empresa
Uma vez que possuir toda a documentação necessária para formalizar sua atividade, você já poderá efetivar a criação do empreendimento. Agora, com os documentos em mãos, é possível escolher entre dois caminhos para a sequência do processo:
caso a empresa seja limitada (ou seja, que possua dois sócios ou mais) é necessário preparar o contrato social;
caso seja individual, você precisará dar início ao pedido de requerimento de empresário.
Independentemente do caminho a seguir, será necessário decidir o nome da sua empresa — que, oficialmente, será o nome fantasia — e a razão social, que é o nome da pessoa jurídica.
A razão social é o nome que aparecerá em praticamente tudo o que fizer parte do universo de sua empresa, tais como escrituras, documentos, notas fiscais, entre outros. Mas não se esqueça de verificar se o nome da sua empresa já não está sendo utilizado por outra organização.
O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) dá o direito de utilização do nome fantasia a quem registrá-lo primeiro. Então, uma vez registrada, a marca se torna propriedade da empresa e, o que impede que outro empreendedor tente registar o mesmo nome.
Assim, para garantir maior credibilidade e segurança ao seu negócio, é recomendável registrar sua marca no INPI. E a We Do Logos também ajuda você com isso! Para esses casos, desenvolvemos um aplicativo gratuito, o Registro de Marca. Vale a pena conferir!
3. Crie o CNPJ
Como dito anteriormente, o número do CNPJ é a identidade da sua empresa dentro de todo o território nacional, funcionando como uma espécie de CPF empresarial.
Com o CNPJ, sua empresa estará cadastrada tanto no Ministério da Fazenda quanto na Receita Federal, o que garantindo a possibilidade de atuar dentro de todo o território nacional.
Além disso, é a partir do CNPJ que o empreendimento será enquadrado numa categoria de atividade e terá seus impostos calculados. Ou seja, é o CNPJ que garante a existência e a legalidade da empresa.
Justamente por isso, quando o assunto é abrir a própria empresa, tirar o CNPJ é, geralmente, uma das principais preocupações.
Mas não há segredo: basta dar a entrada no processo na Junta Comercial do seu estado e, em seguida, emitir o cartão do CNPJ na Receita Federal. Por fim, é preciso dar entrada na Inscrição Municipal para tirar a nota fiscal da sua empresa, que será liberada no site da prefeitura.
Como formalizar minha própria empresa autônoma?
Se você se encaixa na categoria de trabalhador que atua por conta própria e pretende se legalizar como pequeno empresário, faturando no máximo até R$ 60.000,00 por ano, você pode abrir sua empresa como Microempreendedor Individual (ou MEI), por meio do Portal do Empreendedor.
O processo é muito simples: basta acessar o site e clicar em MEI – Microempreendedor Individual. Em seguida, insera suas informações e as de sua empresa na aba Formalização – Inscrição.
Feito o cadastro, você obterá imediatamente tanto o CNPJ quanto o número de inscrição na Junta Comercial, sem perda de tempo.
O Microempreendedor Individual tem acesso a vários benefícios, como poder emitir notas fiscais, ter cobertura previdenciária e acesso a linhas de crédito — além da possibilidade de vender para o governo.
Além disso, todo empreendedor formalizado nessa categoria está enquadrado no Simples Nacional, o que permite isenção dos impostos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL), bastando pagar, mensalmente, um imposto fixo de R$ 45 (comércio ou indústria), R$ 49 (prestação de serviços) ou R$ 50 (comércio e serviços).
Segundo o Portal do Empreendedor, após a formalização, o empreendedor terá o seguinte custo:
para a Previdência: R$ 46,85 por mês (equivalente a 5% do salário mínimo. Valor reajustado anualmente);
para o Estado: R$ 1,00 fixo por mês, se a atividade for de comércio ou indústria;
para o Município: R$ 5,00 fixos por mês, se a atividade for de prestação de serviços.
Então, se a sua empresa faturar até R$ 60.000,00, você se encaixará no MEI e só poderá ter até um empregado contratado, que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Além disso, é bom saber que. se você for registrado como MEI, não poderá participar de qualquer outra atividade empresarial — como ser sócio de uma sociedade limitada, por exemplo.
Por fim, para qualquer tipo de dúvida que você tiver, o ideal é consultar um advogado de confiança e um contador. Sem dúvida, eles poderão direcionar e adaptar a sua empresa às necessidades exigidas.
E quanto às obrigações tributárias?
Para abrir sua empresa, você precisa informar aos órgãos competentes o tipo de atividade que pretende exercer. Nesse sentido, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) existe como forma de padronizar as atividades econômicas no país por meio de um código.
E esse código, conhecido justamente como CNAE, serve também para definir critérios de enquadramento tributário para as empresas.
Por isso, é fundamental saber escolher o CNAE da sua empresa logo no ato da formalização de seu negócio. E, para tanto, é preciso consultar a tabela CNAE relativa a atividades econômicas, e definir a sua atividade, bem como as secundárias, caso existam.
Tudo isso pode ser realizado no site do IBGE
Existem opções diferentes de enquadramento tributário no Brasil. Voltados para diferentes necessidades, o Simples Nacional, o Lucro Real, o Lucro Presumido e o Lucro Arbitrado são regimes que oferecem cálculos diferentes para as empresas chegarem ao imposto devido.
Assim, os critérios que definem o tipo de regime ideal para cada empresa são, basicamente, relativos a faturamento e atividade exercida, sendo algumas atividades vetadas para determinados regimes, de acordo com sua natureza.
Enfim, gostou do post? Continua se perguntado “como abrir minha própria empresa?”, ou já tem suas respostas? Como dissemos, sua empresa vai precisar criar um nome, desenvolver logotipo e providenciar materiais de divulgação, como folders e folhetos.
Então, faça como milhares de empresários e use os serviços de design da We Do Logos, o maior site de concorrência criativa da América Latina! E, se você curtiu o artigo, aproveite para nos seguir também em nossas redes sociais, como o Twitter e o Facebook!