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Guia do design: Aprenda como criar logos do zero!

1. Introdução

O logo é a expressão maior de uma marca. Toda empresa, independentemente de seu porte ou ramo de atividade, precisa ter uma identidade visual que transmita seu posicionamento e diferenciais e crie uma identificação com o público-alvo. Por isso, o logo é um elemento de grande importância, já que será ele o grande encarregado de contar a história e dizer o motivo pelo qual a sua empresa existe.

Parece uma responsabilidade muito grande, não? E ela é! Como criar logos que transmitam todas essas intenções e, ao mesmo tempo, possuam um design atrativo? Criar logo envolve o conhecimento de quais elementos? É possível que a minha empresa tenha um logo que transmita confiança e incentive as pessoas a consumirem meus produtos e serviços?

Continue lendo o nosso texto e descubra a resposta para essas e outras perguntas muito importantes para criar o logo da sua empresa!

2. O que é um logotipo?

Vamos começar pelo começo. Antes de criar logos por aí, é preciso entender o que um logo representa e qual a sua função.

O logotipo é muito mais do que uma marca de sucesso. Ele deve representar a sua empresa e transmitir a essência dela. Para tanto, a criação de um logo deve ser pensada de forma a unir elementos como cores, fontes, formas e imagens em uma combinação harmônica e que conte a história da marca com fácil entendimento e reconhecimento.

Um logo que não é pensado em todas as suas esferas pode passar uma mensagem de amadorismo e distorcer a imagem da empresa, arruinando negócios. Por isso, é muito importante conhecer todas as etapas e elementos que esse trabalho envolve.

2.1 Tipos de Logos

Basicamente, existem três tipos distintos de logos. Vamos falar um pouco mais sobre cada um deles a seguir:

Logos Tipográficos

Esses logos são feitos apenas com tipografia, sem nenhum outro elemento visual. A tipografia pode ser extraída de alguma fonte que já existe no mercado, como Arial ou Helveticia, ou pode ser desenvolvida com uma caligrafia criada especialmente para a marca. Em ambos os casos, é necessário que a tipografia possua algum elemento que gere fácil reconhecimento da marca pelo público.

Alguns exemplos de marcas que possuem logos tipográficos são: IBM, Bacardi e Sony.

Logos Simbólicos

Os logos simbólicos são compostos por figuras ou símbolos, ao invés de uma tipografia. Eles podem ilustrar literalmente o que a empresa faz, como o logo de uma loja de tintas que possui um pincel, ou serem mais abstratos e possuírem elementos gráficos desenvolvidos especialmente para a marca, como é o caso da Nike.

Esse é um tipo de logo mais complexo de ser criado, pois é necessário pensar em todas as aplicações que a marca possa querer vir a fazer. Em alguns casos, o símbolo gráfico pode ficar destorcido ou não dar uma boa leitura.

Logos Tipográficos e Simbólicos

O último tipo de logo une as duas características que citamos acima: ele possui uma tipografia e um elemento gráfico que vão compor a identidade da marca. Exemplos de empresas que utilizam logos tipográficos e simbólicos são o YouTube e a Coca-Cola.

Esse é um excelente tipo de logo, pois é clean e objetivo, facilitando o reconhecimento. Por isso, muitas marcas tem eliminado ou incorporado os símbolos gráficos, deixando o logo mais simples.


3. Antes de começar o seu logo…

Antes de começar a rabiscar ou aprender o passo a passo de como criar logos, é preciso analisar alguns pontos que interferem diretamente nesse processo. Vamos falar um pouco mais sobre cada um deles a seguir!

3.1 Entenda quem é o público-alvo

Como falamos logo no começo do texto, o logo deve ser de fácil entendimento e reconhecimento para o público. Criar logo, portanto, é uma tarefa que requer profunda pesquisa sobre público com quem a marca deseja se comunicar. Apenas com esse conhecimento é possível desenvolver um logo que esteja de acordo não apenas com aquilo que a empresa se propõe a fazer, mas também, crie uma identificação com o seu público-alvo.

Faça uma pesquisa sobre quem são essas pessoas com quem a marca deseja se comunicar. Analise se esse é um público mais sério e tradicional, ou mais jovem e descolado. Tente entender quais lugares eles frequentam, o que valorizam na vida, que tipo de música gostam de ouvir, entre outros detalhes.

Todas essas informações farão com que você consiga criar uma imagem clara de quem são as pessoas com quem a marca precisa estabelecer uma conexão.

3.2 Determine o principal objetivo do logo

Além de criar uma identidade visual e uma expressão para a marca, o logo deve atender à uma finalidade principal. Defina qual seria essa finalidade antes de começar a esboçar ideias sobre o logo. Ela pode ser aumentar o reconhecimento da empresa, transmitir uma sensação de confiança, modernizar uma marca, fazer com que os consumidores admirem essa marca, entre outros.

Esse objetivo te dará uma orientação a respeito de quais características devem ser destacadas e te ajudará a priorizar e escolher os elementos mais adequados no momento da criação.

3.3 Pesquise e faça benchmarking

Durante um benchmarking você pesquisa os concorrentes ou, até mesmo, empresas de outros segmentos que possam te inspirar durante a criação do logo. Esse trabalho de pesquisa é muito importante por dois motivos.

O primeiro deles diz respeito a você ter informação suficiente para não criar um logo que seja muito parecido com uma empresa do mesmo segmento e, assim, gerar uma confusão e prejudicar a imagem da marca.

O segundo motivo está relacionado à própria inspiração. Quando você faz um benchmarking é possível avaliar outros logos e elencar o que você gosta e não gosta neles. Mantenha essas avaliações em mente durante todo o processo criativo para chegar a um resultado final que seja imbatível em relação à concorrência!

3.4 Registro de marca

Imagine passar semanas fazendo pesquisas e criando um logo incrível para chegar no final e descobrir que a marca já estava registrada? Para evitar com que isso aconteça, pesquise se essa ou alguma outra marca muito similar já estão registradas.

Se estiver, pense em outro nome que transmita os valores da empresa e tenha alto impacto. Se não estiver, não perca tempo e nem corra riscos de alguém sair na frente e já faça o registro dela!

4. Definindo a fonte

Agora sim vamos começar a efetivamente criar o logo. Como você já fez uma imersão da empresa, conhece muito bem o público-alvo e analisou diversas referências, o passo a passo para criar logos vai ficar mais fácil.

A primeira etapa nesse processo é definir a fonte (ou a tipografia) do logo. A tipografia é um dos, senão o principal elemento de um logo. Por isso, ela precisa estar alinhada com o objetivo, a personalidade e a mensagem que a empresa deseja passar ao público.

4.1 Opções de fontes

Existem três caminhos que você pode seguir nessa etapa: usar uma fonte que já existe, desenvolver uma especialmente para o logo ou adaptar uma tipografia. Essa decisão depende de você encontrar uma fonte que transmita a mensagem desejada, de haver verba disponível para comprar ou criar uma fonte única ou o de quão exclusivo e diferenciado você precisa que o logo seja.

Também é importante prestar atenção aos tipos de fontes. Fontes com serifa, por exemplo, costumam passar uma imagem mais séria. As fontes que imitam caligrafias transmitem uma sensação de coisas feitas à mão e as fontes em negrito e mais “encorpadas” podem criar a impressão de uma marca mais divertida.

Independentemente do caminho escolhido, tente não escolher uma fonte que esteja na moda ou que seja elaborada demais para que ela não fique ultrapassada e o logo precise ser refeito num curto espaço de tempo.

4.2 A fonte e o nome da marca

Outro ponto que deve ser considerado na escolha da tipografia é o próprio nome da marca. Se a marca possuir um nome muito longo, complicado ou diferente, o melhor é optar por fontes mais simples, justamente para facilitar a leitura e o reconhecimento da marca. Se o nome for mais comum ou composto por iniciais, há mais liberdade para criar ou utilizar uma tipografia personalizada.

Tenha certeza também de que a fonte esteja relacionada à marca e à empresa. A escolha da tipografia não é apenas uma questão de estética, ela precisa transmitir a essência da marca. Avalie se é mais adequado usar fontes leves, fortes, grande, delicadas ou clássicas de acordo com o posicionamento da empresa.

5. Cores e imagens

As cores e imagens também são elementos essenciais para compor a identidade visual do logo. No entanto, alguns pontos precisam ser observados com atenção nesse tópico.

5.1 Cores podem ser um limitador

O seu logo com 5 cores pode ser lindo e transmitir exatamente a mensagem que ele deveria passar. Porém, na prática, as coisas não costumam ser tão simples assim.

Pense na infinidade de materiais que a sua empresa deverá produzir e nos quais você precisará aplicar o logo. Com certeza, isso se tornará um impeditivo quando você começar a receber orçamentos caríssimos porque o logo tem muitas cores.

Tente manter o logo com, no máximo, três cores. Dessa forma, você facilita as aplicações e evita arrependimentos futuros.

5.2 Considere as variações

Ainda falando sobre os materiais e, até mesmo, as mídias em que a marca será aplicada, é preciso pensar sobre algumas variações do logo. Considere uma versão preto e branca e outra negativa para aplicar em materiais com tons próximos ao do logo e conseguir dar leitura.

Também é muito importante fazer um estudo de cores para avaliar quais as opções que geram melhores aplicações nos materiais. Considerar todos esses elementos fará com que o logo seja atemporal e possa ser aplicado de diversas formas.

5.3 Use linhas de grade

As linhas de grade são excelentes aliadas para criar ícones e construir as imagens em um logo. Além de ajudar a orientar o design e usar melhor o espaço, as linhas te ajudam a criar padrões geométricos que podem ser transformados em ícones marcantes para o logo.

6. Trabalhando com a identidade visual

identidade visual tem como objetivo reunir todos os elementos necessários para traduzir e transmitir a essência da marca através do logo. Nesse momento, chegou a hora de unir a tipografia com os outros elementos que você elencou para compor essa identidade.

6.1 Faça um bom uso do espaço

Muitos logos memoráveis transmitem algumas mensagens ocultas entre os espaços de suas fontes e elementos visuais. Esse é o caso da FedEx, que esconde uma seta entre o ‘e’ e o ‘x’. Essa é uma sacada que, se for bem feita, pode criar detalhes interessantes e bastante atrativos para o logo.

Ainda falando sobre o espaço, é muito importante pensar na aplicação do logo em diferentes materiais e tamanhos. Pense qual deve ser a margem que precisa ser deixada entre o logo e o próximo elemento para que a marca não desapareça em peças de comunicação, por exemplo.

Determine também qual pode ser a redução máxima do logo para que a sua integridade não seja comprometida e ainda haja leitura. Por fim, crie algumas variações de aplicações para diferentes materiais e posicionamentos que o logo possa precisar assumir.

6.2 Menos é mais

Um logo impactante e memorável não é sinônimo de uma composição com inúmeras cores, elementos gráficos e tipografias. O logo precisa ser simples justamente para passar a mensagem da marca de forma objetiva e clara.

Se você olhar para o resultado final e achar que está faltando algo, tire algum elemento. Provavelmente, ele ficará melhor dessa forma do que com mais uma imagem ou cor.

6.3 Crie um senso de movimento ao design

Dar movimento a um design não quer dizer que você precisa animar ou transformar em GIF o seu logo. Pense em diferentes posições, tamanhos e rotações que os elementos podem assumir para dar uma ideia de movimento ou crescimento.

Quando fizer isso, tome cuidado para não deixar o logo para baixo, dando uma impressão de declínio. Um bom exemplo de marca que repaginou o logo e criou uma sensação de movimento aos elementos visuais é o Twitter, que rotacionou seu passarinho símbolo levemente para cima, dando a impressão que ele está voando.

6.4 Cuidado com as diferenças culturais

Ao criar a identidade visual da marca tenha em mente em quais países e mercados a empresa atua ou pretende atuar. Em algumas culturas, certos elementos podem ser ofensivos ou ter significados diferentes daquele que conhecemos. E não há nada pior do que criar um logo pensando em transmitir uma mensagem e conseguir o efeito totalmente contrário com o resultado final. Lembre-se: o logo precisa ser de fácil reconhecimento e entendimento por todos!


7. Como mexer com os sentidos do cliente?

O logo precisa transmitir a mensagem certa para pessoas. Para tanto, é muito importante tomar cuidado com os mínimos detalhes. Uma cor errada, uma tipografia que apresente uma leitura confusa ou um ícone que gere dupla interpretação podem arruinar a reputação de uma marca.

As cores possuem um papel essencial nesse sentido, uma vez que cada uma delas possui um significado e transmite uma sensação diferente. Conheça um pouco mais a seguir:

7.1 Significado das cores

As cores são bastante estudadas no marketing para que mexam com os sentidos do cliente e transmitam a sensação correta. Para tanto, é preciso aliar a mensagem que você precisa passar com a combinação certa de cores.

Cores muito vibrantes, por exemplo, podem chamar a atenção ou incomodar as pessoas, assim como tons suaves podem tanto passar uma imagem de sofisticação quanto de um logo para o qual não foi dada muita atenção.

Entenda, a seguir, um pouco mais do significado de cada uma das cores:

Branco: cores claras costumam transmitir uma sensação de tranquilidade e calma. Dependendo da identidade visual da marca, podem deixar o logo mais elegante.

Preto: é uma cor bastante poderosa e muito usada pelas marcas de luxo. Transmite credibilidade e poder.

Vermelho: cor intensa, normalmente associada à sensação de perigo, energia, virilidade e estimulação.

Verde: juventude, esperança e natureza são algumas das sensações transmitidas pelo verde.

Azul: transmite segurança, profissionalismo e confiança.

Amarelo: alegria, otimismo e juventude são algumas das sensações transmitidas pela cor.

Para não errar na escolha da cor, pesquise mais a fundo sobre seus significados e teste algumas composições para avaliar quais transmitem melhor a mensagem que você deseja passar.

8. Os 6 erros na criação de logos que você não pode cometer

Agora que já sabemos como criar logos, vamos ver um pouco dos piores erros que você precisa ficar bastante atento para jamais cometer!

8.1 Criar logo com mais de 2 fontes

Claro que toda regra tem a sua exceção. Porém, de forma geral, evite usar mais de duas fontes (principalmente se elas forem muito diferentes) para criar um logo. Fazendo isso, a leitura pode ficar difícil e o resultado final tende a ficar bastante estranho.

8.2 Ser complicado demais

Como falamos ao longo do texto, o logo deve ser simples e transmitir a essência da marca de forma objetiva e de fácil reconhecimento. Quanto mais elementos você colocar, mas difícil será de alcançar esse objetivo. Além disso, logos com muitos detalhes tendem a ser mais complicados de serem reproduzidos.

8.3 Seguir tendências

O logo precisa ser atemporal e, para isso, não pode estar apoiado em alguma tendência do momento. Essa dica vai muito de encontro com o ponto anterior: tente simplificar ao máximo e criar um logo que ainda seja atual daqui 5, 10 ou 50 anos.

8.4 Não captar a essência da marca

Uma marca moderna e que quer se comunicar com um público jovem, não pode ter um logo muito classudo. Assim como uma marca de luxo, não deve possuir cores muito alegres e vibrantes. Compreender a essência da marca é essencial para criar um logo que se comunique com o seu público-alvo e transmita a mensagem corretamente.

8.5 Deixar o seu gosto interferir

Às vezes, é muito difícil criarmos algo com o qual não nos identificamos. No entanto, quando se trata de criar logos, saber separar o seu gosto da identidade da marca é essencial. Lembre-se: esse trabalho não tem como objetivo te agradar, e sim, cumprir com o propósito de comunicar para o público-alvo as intenções da marca.

8.6 Usar banco de imagens

Esse é um erro acaba sendo muito cometido por pessoas que não possuem muita experiência na área. Como criar um logo é uma atividade complexa e que requer diversas habilidades e conhecimentos, usar um banco de imagens acaba parecendo uma ótima saída. Mas não é. Um logo deve ser original e exclusivo e, quando você utiliza algum elemento disponível em um banco de imagens, as chances de encontrar outro logo muito parecido são enormes.


10. Como saber se meu logo é bom de verdade?

Chegou o momento da grande dúvida. Você seguiu todas as dicas que demos aqui à risca, estudou bastante o público-alvo e sabe exatamente qual a mensagem que o logo precisa transmitir. Mas, como ter a certeza de que o resultado final está adequado?

9.1 Mostre o logo para algumas pessoas

Selecione algumas pessoas que estejam dentro do público-alvo da marca para mostrar o logo e ouvir suas impressões. Não diga o que a empresa vende e nem qual era o objetivo do logo, apenas mostre o resultado final e ouça as impressões das pessoas.

Você pode fazer algumas perguntas como quais as impressões das pessoas sobre o logo, se o acharam feio ou atrativo, se ele é fácil de ser reconhecido ou se é possível entender o nome da marca. Também pergunte o que eles acham que a marca vende e qual foi a primeira impressão que tiveram ao olhar para o logo.

9.2 Tente testar o logo no âmbito internacional

Se for possível e, especialmente se empresa possuir uma atuação global, tente mostrar o logo para o maior número de pessoas de diferentes culturas. Esse será um excelente termômetro para avaliar se o que você criou não pode ser mal interpretado ou soar de forma rude em outros países.

10. Muito difícil? Entre em contato com um especialista!

Pois é, criar um logo não é uma atividade nada fácil. É preciso fazer pesquisa de mercado, traçar objetivos, ter conhecimentos de design, cores, tipografia e, algumas vezes, até de ilustração e arte. As chances de tentar criar logos sem conhecimentos e o resultado final ser um desastre são muito grandes!

Lembre-se que um bom logo deve poder ser utilizado por muitos anos e que pode determinar o sucesso ou o fracasso de uma marca. É muita responsabilidade para que ele seja feito as pressas ou por alguém que não detém todos os conhecimentos necessários. Por isso, se tiver se sentindo inseguro, o melhor caminho é conversar com um especialista, analisar propostas e solicitar o trabalho para uma pessoa qualificada.

11. Conclusão

O logo é um elemento essencial de sucesso de uma marca. Criar logos significa traduzir em poucos elementos a essência de uma empresa e, dessa forma, estabelecer uma conexão com os seus consumidores.

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