top of page
Criativo A_Feed Horizontal.png

Precisando de serviços de Design?
Clique no botão abaixo:

Criativo A_Feed.png

Tropicana: como um rebranding de embalagem derrubou vendas (e o que aprender com isso)

O caso Tropicana provou: embalagem vende. Entenda por que o redesign de 2009 derrubou 20% das vendas em semanas e como evitar erros semelhantes.


Por que falar da Tropicana agora?


Poucos casos ilustram tão bem o poder (e o risco) do design de embalagem quanto a Tropicana. Em 2009, a marca substituiu seus elementos mais reconhecíveis — especialmente a laranja com canudinho — por um visual minimalista e genérico. O resultado foi imediato: queda de ~20% nas vendas em poucas semanas e um prejuízo estimado entre US$ 33 milhões e US$ 137 milhões, levando a empresa a reverter o redesign rapidamente. Bloomberg.comWikipedia

Se você depende de embalagem para se destacar na gôndola (e todo CPG depende), este case é um manual do que não fazer.

O que aconteceu no redesign da Tropicana?


O visual “limpo” que apagou a marca


  • A imagem icônica da laranja perfurada por canudo saiu de cena; entrou um copo genérico de suco.

  • O logotipo foi reposicionado verticalmente e a hierarquia de informações se tornou menos clara.

  • Na gôndola, onde decisões são tomadas em segundos, o novo conjunto visual perdeu reconhecimento instantâneo e saliência de prateleira. Wikipedia


A queda de vendas e a reversão

  • Em poucas semanas, as vendas da linha principal despencaram cerca de 20%; a marca voltou atrás e restaurou o design anterior.

  • Estimativas de perda financeira variam de US$ 33 milhões (perda imediata) a US$ 137 milhões (impacto total do projeto e reversão). Bloomberg.com

Lição #1: simplificar sem estratégia pode apagar os códigos proprietários da marca — e o shopper “não te vê”.

Por que deu errado? 7 falhas críticas de estratégia e execução


tropicana antes e depois do rebranding da embalagem

1) Remoção de “brand codes” proprietários

Códigos visuais (laranja + canudo, tipografia, paleta) são atalhos mentais. Tirar ou diluir esses elementos reduz reconhecimento e memória de marca. (Pense no “swoosh” da Nike ou no vermelho da Coca-Cola.)


2) Hierarquia e legibilidade comprometidas

Na gôndola, a leitura ocorre a 1–2 metros, em 1–3 segundos. O novo layout distribuía informação sem um claro ponto focal (marca/sabor/benefício), dificultando a varredura.


3) “Genérico” não diferencia

O copo de suco novo poderia estar em qualquer embalagem de suco. Em categorias saturadas, distintividade > “bonito no Behance”.


4) Distância entre pesquisa e decisão

Mesmo quando há grupos focais, é preciso validar no contexto real (teste de prateleira, mockups 3D, simulação de ponto de venda). A Tropicana “venceu” no laboratório e perdeu no corredor.


5) Falta de migração planejada

Mudanças radicais pedem arquitetura de transição (selos “novo visual, mesma receita”, co-branding visual, fases). Sem isso, o consumidor pensa: “É outro produto?”.


6) Comunicação insuficiente

Campanhas de apoio, materiais de PDV e educação do shopper ajudam a explicar o “porquê” do novo. A mudança veio sem narrativa para justificar o ganho.


7) Governança de portfólio

Mudou tudo, ao mesmo tempo, em uma categoria com alta sensibilidade a hábito e preço. Pilotos e rollouts regionais reduzem risco.

Lição #2: antes de redesenhar, mapeie o que não pode mudar (asset sagrado) e o que pode evoluir (asset tático).
  • Checklist prático: como redesenhar sem perder vendas

Use este checklist antes de aprovar um novo layout de embalagem ou arte para rótulos.

A. Estratégia de marca

  • Objetivo do redesign: clarificar arquitetura? premiumizar? corrigir usabilidade?

  • Códigos proprietários: quais são intocáveis (cor, ícone, shape)?

  • Persona e ocasião de consumo: quem compra, onde e como decide?


B. Arquitetura de informação

  • Z-Path de leitura: marca → variedade/sabor → benefício → peso/volume.

  • Tipografia com alto contraste e legibilidade a distância.

  • Paleta com cores funcionais (sabor) + cor-mãe (marca).

  • Pictogramas de preparo/armazenamento quando relevantes.


C. Distintividade na gôndola

  • Teste de distância (miniatura a 10% do tamanho real).

  • Teste de confusão (lado a lado com concorrentes).

  • Teste A/B de thumbnails (e-commerce).


D. Conformidade regulatória

E. Plano de transição

  • Selo de transição (“novo visual, mesma receita”).

  • PDV: wobblers, tiras de gôndola, toppers educativos.

  • Campanha de apoio (email, social, landing de explicação).

  • Rollout por regiões / canais (piloto → expansão)


F. Pesquisa aplicada

  • Eye-tracking e heatmaps (quando possível).

  • Sales lift test por loja/canal (antes/depois).

  • Estudos qualitativos + dados de sell-out.


Estudos de caso que vendem (e que ensinam)


Tropicana (2009): o alerta definitivo

  • Mudança radical + perda de códigos = queda de 20% nas vendas em ~6 semanas.

  • Impacto financeiro estimado em US$ 33–137 milhões e retorno ao layout antigo. Bloomberg.comWikipedia


Outras lições do mercado

  • Pepsi (2008–2009): modernização do globo com “sorriso” exigiu forte mídia para consolidar o novo código.

  • Coca-Cola (2015–2016): “One Brand” unificou arquitetura com cor vermelha dominante, sem apagar códigos.

  • Heinz (2022): alinhou rótulos em torno do “keystone” e tipografia proprietária, melhorando consistência global.

Lição #3: “Modernizar” não é “resetar”. É evoluir códigos, não extinguí-los.

Guia visual: como garantir legibilidade e contraste


Princípios rápidos


  1. Contraste suficiente (WCAG): texto claro em fundo escuro (ou vice-versa).

  2. Peso tipográfico consistente: nome da marca mais pesado que variedade/sabor.

  3. Sistema de ícones original (nada genérico).

  4. Fotografia ou ilustração que prova o benefício (suculência, frescor, textura).

  5. Proporções fixas e grades para garantir repetibilidade.


Padrões por canal

  • Gôndola: foco em reconhecimento e varredura; minimize microdetalhes.

  • E-commerce: pensar em thumbnail (100–200 px), zoom e fotos 360°.

  • Redes sociais: versões simplificadas do front panel para cards e anúncios.



Como aplicar as lições da Tropicana no seu projeto


  1. Mapeie ativos sagrados (cor proprietária, símbolo, forma).

  2. Defina a hierarquia: marca > sabor/variedade > benefício > peso.

  3. Teste em contexto real (prateleira e e-commerce).

  4. Planeje transição (selo “novo visual, mesma receita”).

  5. Garanta conformidade: regras da Anvisa (guia).

  6. Implemente, meça, itere (sell-out, share of shelf, CTR em e-commerce).


Precisa de um layout de embalagem profissional?

A We Do Logos conecta você a designers especialistas em rótulos e embalagens, com concorrência criativa e entregas sob briefing — do conceito ao arquivo final para gráfica.

Tenha embalagens que vendem: consistentes, legais (Anvisa) e com alta performance na gôndola e no e-commerce.

FAQ — Erros comuns de redesign de embalagem (e como evitar)

1) Por que o redesign da Tropicana falhou?Porque removeu códigos proprietários (laranja+canudo), reduziu distinção na gôndola e não conduziu o consumidor numa transição planejada — resultando em queda de ~20% nas vendas e reversão. Bloomberg.comWikipedia

2) Minimalismo é sempre ruim?Não. É excelente quando mantém os códigos e melhora a hierarquia. O problema é ser “genérico”, não “simples”.

3) Como medir risco antes do lançamento?Faça testes de prateleira (presenciais ou simulados), A/B de thumbnails no e-commerce, e pilotos regionais.

4) O que não pode mudar num redesign?Seus ativos de marca reconhecíveis (cor, símbolo, forma) — a menos que haja um plano forte de transição e educação.

5) Quem cuida das regras da Anvisa?Trabalhe com designers que dominam rotulagem. Revise o projeto com base nas regras atualizadas (veja nosso guia no blog).


Próximo passo: quer embalagens que vendem? Abra seu briefing e receba propostas profissionais em poucas horas: https://www.wedologos.com.br/criar/embalagem


Bônus: se ainda não tem uma marca sólida, comece pela identidade visual — uma boa embalagem começa com um logo consistente. Conheça a We Do Logos: https://www.wedologos.com.br/ 

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page