Hoje em dia, muito se fala a respeito da inovação como diferencial para se manter em vantagem competitiva frente à concorrência, não é verdade?
Mas, para muitas empresas, o termo soa genérico. Afinal, inovar em quê? A resposta para isso pode surpreender você, pela sua simplicidade.
Inovação em tudo, e constantemente! O mercado, atualmente, vive em efervescência, em busca de novidades, e as empresas devem estar atentas às suas oscilações para antecipar e impactar o seu público com algo realmente valioso e que solucione essa demanda.
Daí, surge a relevância de um processo fundamental, que é o desenvolvimento de novos produtos (ou, simplesmente, DNP), que consiste em toda a metodologia estratégica aplicada para a compreensão de uma oportunidade de mercado.
Quer saber o que se concentra por trás do conceito de desenvolvimento de novos produtos e da importância da inovação para o sucesso das empresas? Basta seguir com a leitura deste artigo!
O que é o desenvolvimento de novos produtos?
O conceito passa, basicamente, por um método de pesquisa com base em dados, etapas produtivas e viabilidade comercial, que resulta em um produto finalizado, concreto e tangível.
Quer dizer: não se trata apenas do produto final, pronto e embalado para o consumidor, mas o desenvolvimento e descoberta de como se chegar a esse item.
Você deve estar se perguntando, entretanto, por que o desenvolvimento de novos produtos parece ser tão determinante, sendo que se trata de um processo até que lógico para as empresas.
Acontece que a maneira de enxergar o mercado, atualmente, difere da forma que o cenário era interpretado há algumas décadas. Não à toa, o berço desse conceito data, justamente, desse ponto de transição mercadológico: o foco não está em como produzir os itens que vende, mas em como desenvolver produto que satisfaçam às necessidades dos consumidores sempre.
O dilema é o seguinte:
Com o tempo, o ciclo de vida dos produtos chega a um ponto em que eles já não interessam mais ao seu público.
Você vai entender isso melhor com um exemplo:
Imagine que sua empresa produza creme dental. Por um bom tempo, ele está dando dinheiro para seu negócio, mas, em dado momento, diversos concorrentes já lançaram produtos semelhantes ao seu e os consumidores acabam optando pelo mais barato.
A saída é agregar um novo valor ao produto: mais sabores, por exemplo! Então ao lançar seu creme dental sabor cereja, você tem um produto novo, que atrai novamente seus clientes.
Com o tempo, esse ciclo de vida do produto volta a levar seus produtos a serem “esquecidos” pelo consumidor.
Então você lança um produto mais inovador ainda, um creme dental clareador, por exemplo, e assim por diante, quantas vezes for necessário.
Por isso, o desenvolvimento de novos produtos foi visto como uma solução gerencial capaz de nortear a tomada de decisão assertiva durante todo o processo criativo, produtivo e de implementação e gestão desses novos produtos inovadores.
O percurso pautado pelo desenvolvimento de novos produtos: as 6 etapas
Logicamente, existem diferentes processos capazes de guiar a sua empresa a um desenvolvimento de novos produtos qualitativo. Afinal, cada inovação demanda uma abordagem diferente, e pensada exclusivamente nas necessidades de cada empresa.
O que existe, entretanto, são modelos variados que são gradativamente moldados de acordo com o processo de cada empresa. O primeiro deles, conhecido como Booz, Allen e Hamilton (BAH), foi publicado originalmente em 1982.
Isso trouxe ao modelo a base estrutural da qual outros foram idealizados posteriormente. Como é o caso da metodologia de Robert G. Cooper — uma das mais populares —, na qual o desenvolvimento de novos produtos passa, invariavelmente, por 6 etapas distintas:
1- Descoberta
O vislumbre de uma ideia, uma necessidade do consumidor que ainda não foi atendida, e as possibilidades de inseri-la no contexto mercadológico — no curto, médio ou longo prazo.
2- Investigação preliminar
É o enfrentamento da ideia. Ou seja: viabilidade, custos, aspectos técnicos e todo tipo de investigação preliminar que pode reduzir os riscos e potencializar a tomada de decisão.
3- Construção do plano de negócios
O plano de negócios é o documento que vai nortear todos os processos produtivos desse item inovador, servindo como uma bússola comercial para guiar os envolvidos no processo em todas as etapas.
4- Desenvolvimento
É o momento em que suas equipes põem a mão na massa e se guiam pelo planejamento prévio, do item acima, seguindo suas diretrizes para cumprir os prazos, orçamento e exigências.
5- Testes e validação
Primeiro confronto prático do produto – um choque de realidade! – em que sua viabilidade é testada para que ajustes sejam realizados até que o resultado seja satisfatório.
6- Lançamento
É o momento em que o marketing reforça as suas ações estratégicas para apresentar o projeto ao mercado.
Como você viu, muito antes mesmo de ter uma boa ideia e disponibilizá-la no mercado, a sua empresa teve que, coletivamente, analisar a viabilidade comercial do produto.
Algo que abrange, também, a necessidade do público por uma solução dessas, os diferenciais competitivos que podem contribuir para a aceitação do produto e, por último — mas não menos importante —, desenhar todos os cenários adversos que podem surgir no percurso.
Só assim o lançamento do produto novo poderá alcançar seus objetivos.
Crie uma área de desenvolvimento de novos produtos
Claro que isso não se limita a um padrão específico, já que, como mencionamos, cada negócio se comporta de uma maneira em seu mercado.
O que deve haver em comum, entre as empresas, é a visão de que o desenvolvimento de novos produtos é uma necessidade de inovação, em qualquer setor de atuação, e que deve vir acompanhado de uma profunda dose de análise e planejamento!
Ao manter um área específica para isso, sua empresa sempre estará enxergando as melhores oportunidades de novos lançamentos, antes que seus produtos atuais sejam totalmente esquecidos pelos clientes.
Veja também: Por que você deve trabalhar na inovação de produtos?