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Marketing de produto, marcas cabide e o cisne negro

Tanto o marketing de produto pode auxiliar na construção de uma marca forte, como uma marca reconhecida e consolidada pode fazer maravilhas por seu produto.

Nesta postagem, além de um webinar sobre desenvolvimento de produtos e negócios com Aloisio Moraes e Gustavo Mota, analisamos um fantástico artigo de Rodrigo Pereira, da Singular.

Confira com a gente e saiba tudo sobre o marketing de produto.


Marketing de produto: 3 dicas

Não há como negar que para se fazer marketing de produto é preciso entender muito de branding e da construção de um marca.

Alguns marcas, por um certo período (ou mesmo por toda a sua existência), têm um único produto em seu portfólio, que se confunde com elas, como foi o caso das sandálias Havaianas, por muito tempo.

Outras, como Nestlé e Johnson, por exemplo, emprestam toda sua relevância e confiabilidade a qualquer produto que leve sua chancela.

É exatamente por esta relação simbiótica entre marketing de produto e branding que as 3 dicas propostas neste artigo se referem, basicamente, a como tornar uma marca realmente valiosa:

  1. Singularidade

  2. Relevância

  3. Notoriedade

1- O cisne negro: uma “marca” líder despercebida

Sabia que só no ano de 1967 é que se descobriram os cisnes negros, na Austrália?

Portanto, os mais belos cisnes do mundo, os líderes em termos de beleza e raridade, simplesmente não poderiam ser assim considerados porque, para o público, não existiam: não poderiam ser percebidos como tal.

Para Rodrigo Pereira, algumas marcas, mesmo líderes, são eclipsadas pelos produtos que comercializam e perdem totalmente sua singularidade e personalidade.

As pessoas simplesmente adquirem os produtos, os admiram e preferem. Mas poucas sabem da marca e nenhuma importância dão a ela. Rodrigo comenta:

Rodrigo Pereira, da Singular


Ela [a marca] não os cativa [os consumidores], não fala com eles, não responde aos anseios e desejos, simplesmente não reage. É como um cabide. Você pega a roupa que está nele, veste e paga por ela, mas não sabe dizer se o cabide onde ela estava era de madeira, plástico, preto ou branco.

Nesse caso, o marketing de produto foi um sucesso, já o marketing da marca, deixou muito a desejar.

2- Nada pior para uma marca, do que ser irrelevante

Ser uma marca relevante significa dar algo ao público que ele ache interessante.

Essa afirmação do Rodrigo é reforçada pela constatação de que o marketing de produto é uma obrigação da marca, e não é ele que a fará relevante. Afinal, sem um produto (ou serviço), não há como haver marca.

A relevância da marca se constrói com conteúdo relevante de qualidade, inédito. Histórias que envolvem os clientes e com as quais eles se identificam.

É muito relevante para quem aprecia motocicletas ter o prazer de dirigir uma Harley-Davidson ou uma BMW. Já, uma Honda 125 não, é praticamente uma commodity.

3- Produtos são comprados, marcas precisam ser notadas

Nesse contexto, para que a marca auxilie o marketing de produto, é precisa que ela crie uma relação, uma história, um elo com o público.

Uma marca não se constrói com o mero ato de compra e venda. Sim, é claro que sem a comercialização, não haverá lucro e a marca não se sustentará. Mas sem a notoriedade, isso pode ser fugaz e efêmero.

Rodrigo Pereira faz uma interessante comparação:

Assim como a reputação de uma pessoa, o que a sustenta [a marca] ao longo da vida são as relações que constrói. Todos ficam velhos e precisam ser ajudados em algum momento, e existir um público capaz de ajudá-la a subir a escada é mais importante do que todo o lucro que ela deixou lá em cima.

A conclusão de Rodrigo é bem direta: Uma marca se faz da relação com o público e não da compra e venda.

Portanto, se o seu marketing de produto não está sendo sustentado por uma marca singular, relevante e notória, ele pode estar com dias contados.

Promoções de vendas, concursos, apresentações incríveis no PDV e outras táticas comerciais para potencializar suas vendas de produtos podem ser muito interessantes em termos de lucratividade em curto prazo.

Mas se isso não for acompanhado do desenvolvimento de uma marca forte, seus produtos podem ser substituídos por outros, na preferência do consumidor, a qualquer momento.

Bombril X Assolan

Veja o caso da Bombril e da Assolan. Os produtos são muito parecidos e a agressividade comercial da Assolan é impressionante.

Mas toda a relevância, notoriedade e singularidade da marca Bombril são um escudo que protege seus produtos desta concorrência forte, competente e implacável.

Que achou destas 3 dicas de marketing de produto? Quer ainda mais insights de como trabalhar essa parte de seu negócio?

Então confira um webinar que tem muio a oferecer para você sobre desenvolvimento de produtos e marcas:


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