Você, dono de varejo ou prestador de serviços, sabe o quão é vital estar de olho nas variações de mercado e saúde financeira da sua empresa para tomada de decisões. Então, separamos 3 passos para fazer você ter preços competitivos e livrar este peso do setor financeiro.
Analise a concorrência
Se você quer ser competitivo, o primeiro passo é analisar seus concorrentes. Com essa análise de fora para dentro, de forma primária, você poderá ter um norte para tomadas de decisões internas, como a estratégia de precificação, que falaremos em seguida.
Com essa análise, o gestor pode tomar a frente estratégias de competitividade, como promoções e descontos específicos. Serve também para manter a posição da sua marca perante os concorrentes.
É sempre bom lembrar que tudo é influenciado pela visão e conjunto de estratégias da sua empresa. De nada adianta começar olhando só a grama do vizinho, se seu produto é voltado para uma persona de maior potencial econômico, do que a do concorrente, por exemplo.
Ok, mas onde posso buscar essas informações? Você pode buscar no Buscapé ou usar softwares como Precifica e Sonde.
Não esquecendo que você pode fazer isso pelo Google, é claro. Mas, obviamente, leva mais tempo e consequentemente, mais dinheiro da sua empresa.
Escolha a melhor estratégia de precificação
Falamos um pouco sobre concorrência e análise interna de estratégia. Porém, o próximo passo é tão vital quanto o primeiro. Analisar a melhor estratégia de precificação, olhando de dentro para fora agora, é o segundo passo para tornar seus preços competitivos e lucrar mais.
Antes, queremos falar um aspecto bem importante. Há muitas empresas que somente fazem o primeiro passo. Ou seja, pesquisam o concorrente, abaixam ou aumentam de 1 a 5% o preço e acreditam estar competitivos. Isso está errado em muitos níveis.
Após ter a noção dos preços do mercado, antes de etiquetar seu preço, você deve analisar sua estrutura interna. Por exemplo, o vizinho vende uma mesa por R$150 reais. Acreditando estar sendo competitivo, você põe R$139,90, alertando promoção para seus potenciais clientes. Depois, muitos compram mas você não vê o dinheiro no final do mês. Por que será? O preço estabelecido não foi de acordo com custos, taxa de entrega, taxa de cartão de crédito, despesas e outros fatores que no final definem sua margem.
Por isso, separamos 3 estratégias para você escolher de precificação:
Markup
Um dos índices mais utilizados na precificação de produtos e é aplicado levando em consideração o custo e o lucro pretendido. Para realizar o cálculo, é preciso levar em consideração o percentual das despesas variáveis relacionados a cada unidade comercializada, o percentual das despesas fixas para cada produto ou serviço comercializado durante o período e o percentual do preço pretendido de cada produto ou serviço comercializado. Vamos ao cálculo:
Fórmula: 100/[100-(DV+DF+LP)].
Nota: O 100 representa o preço unitário de venda em percentual, DV representa as Dívidas Variáveis, DF representa as Despesas Fixas e LP representa o Lucro Pretendido.
Vejamos um exemplo: considere que o seu produto custa R$ 50,00 e que os seus índices são DV = 10%, DF = 10% e LP = 10%. Para encontrar o markup, é preciso realizar o seguinte cálculo:
100/[100-(10+10+10)]
100/(100-30)
100/70
Markup = 1,4286
Para chegar ao preço de venda é preciso multiplicar o valor 1,4286 por 50, resultando em R$ 71,43. Contudo, é importante ressaltar que a margem de lucro sobre cada unidade vendida não pode ser maior do que 100% para não influenciar o preço de venda do produto.
Margem de Contribuição
Já essa segunda técnica é o resultado do ganho bruto obtido com as vendas realizadas depois de subtraídos os custos da produção e os impostos relacionados à venda.
A equação é simples: margem de contribuição = valor de vendas – (custos variáveis + despesas variáveis). O valor de vendas representa o preço final do produto, os custos variáveis representam os custos de produção e as despesas variáveis são os custos relacionados a impostos e comissões por venda.
Supondo que o preço de venda de um produto seja R$ 35, que os custos de produção sejam R$ 20 e as despesas variáveis, em R$ 7. Nesse caso, o cálculo seria o seguinte:
35 – (20+7)
35 – 27
Margem de contribuição = R$ 8.
Nesse cenário, cada produto vendido possui uma margem de contribuição de R$ 8 para o lucro da empresa.
Valor agregado
Nessa estratégia o gestor deverá passar para o cliente não apenas o preço do produto, mas o valor agregado a ele. Na prestação de serviços, por exemplo, o valor da execução não deve ser levado em conta apenas pelo serviço em si, mas também pela experiência do profissional.
Porém, para que a estratégia dê certo, esse valor deve ser percebido pelos clientes, de modo que o preço cobrado pelo produto ou pelo serviço não seja considerado caro — pois o contratante/consumidor verá todos os benefícios relacionados àquele item antes mesmo de conferir qual é o seu preço.
Controle resultados
Por fim, de nada adianta uma estratégia competitiva se seus indicadores financeiros não forem controlados. Absolutamente nada. Pois o mundo e a competitividade muda muito rápido, e para se manter no topo, você tem que estar de olho nos números.
Nessa parte do artigo, recomendamos você usar planilhas, softwares, ou qualquer ferramenta para controle da saúde financeira.
Porém, só existe um software no mercado que faz isso tudo. Recomendamos fortemente você testar o software de precificação do Preço Certo. Ele analisa de dentro para fora a saúde financeira da sua empresa baseada na estrutura de gastos, preços e margem que gostaria ter. Ao fim, você consegue ver o impacto disso em todos os indicadores financeiros da sua empresa! Para testar, acesse o site do Preço Certo.
E caso queira aprender mais, separamos nosso e-book de indicadores financeiros para formação de preços competitivos. Acredito que o conteúdo possa te dar insights significativos ao seu negócio.
Este post foi escrito por Rodrigo Forny, diretor de marketing do Preço Certo.